terça-feira, 13 de agosto de 2013

PRÉ-MORTAIS - LIVRO 1: O DESPERTAR

Há alguns dias atrás eu estava a me perguntar como seria a resenha de um autor a cerca de sua própria obra. Será que ele seria sincero em sua auto-avaliação? Será que ele se engrandeceria? Como os leitores avaliariam a resenha feita pelo próprio dono da obra?
Pensando nisso, resolvi me colocar no lugar de um leitor (pelo menos em relação a meu próprio trabalho) e ler meu livro novamente para executar tal tarefa: resenhar minha obra.
A idéia ficou meio grande depois do texto pronto, mas vejamos como me sai.


Livro: Pré-Mortais - Livro 1: O despertar
Autor: Anderson Assis

Nas paginas de pré-mortais, Anderson Assis nos leva através de um mundo de ação e aventura ambientado em nossa própria realidade, com uma história ambientada em solo brasileiro e tendo a cidade do Rio de Janeiro como cenário principal. Porém, ele mostra que existe mais além daquilo que os olhos comuns podem ver. O protagonista descobre isso de uma maneira inusitada e nada convencional. Hander, um jovem de 17 anos e aficionado por animes, é atacado em sua escola por uma misteriosa mulher que mal se apresenta e tenta matá-lo. No entanto, por algum motivo que o herói desconhece, ela o deixa vivo. A partir desse ponto, o herói sai em busca da verdade e fica “encafifado” com o que a mulher lhe diz antes de desaparecer em pleno ar. “Ñão deixarei que desperte seu lado pré-mortal”.
Com a ajuda de seu amigo Rodrigo, ele chega até um grupo de mulheres intituladas “Irmandade” e através delas entende o que são os pré-mortais.
Mas a coisa não é simples e nem Elas possuem todas as respostas que o rapaz procura. Dessa forma, elas o instruem para que ele encontre a outra pessoa que irá lhe revelar verdadeiramente o que está acontecendo.
E é através de Ikizor, o guardião da Ilha da contemplação, que Hander descobre que tudo isso teve inicio em seu passado, no mundo Pré-Mortal, mudo esse que ele também descobre ter outro nome.
E enquanto Hander desvenda pouco a pouco quem ele é, nem imagina que outras duas amigas suas estão envolvidas na história, Michelle e Raquel. As duas são envolvidas na trama, quando são atacadas por um misterioso homem que controla feras asquerosas e mortais. Mas para surpresa de ambas, além de receberem a ajuda de Rodrigo, elas também despertam poderes que não sabiam possuir.
E é neste ponto que a aventura pega embalo, dando espaço para as coisas fantásticas que a narrativa tem a oferecer. Templos antigos, mundos fantásticos povoados por homens lagartos e até dragões. E chegando assim ao ponto central da trama onde os heróis precisam impedir que a mulher que atacou Hander no inicio da história destrua sua cidade. Porém, o protagonista ainda precisa acertar as contas com seu irmão, que está sendo manipulado por ela. E como se não bastasse toda essa confusão, após uma forte cena de ação, narrada com velocidade levando o leitor a se imaginar vendo um filme ou lendo um quadrinho, o protagonista precisa deter dois poderosos dragões que surgem em meio aquele caos.

Anderson Assis, neste primeiro livro, é um autor inexperiente que parece estar preocupado apenas com os fatos que a história tem a revelar. Se empenhando assim apenas em descrições elaboradas a cerca de cenários e ações e acabando por deixar de elado as emoções dos personagens que são o ponto forte da maioria dos romances. Mas os diálogos e as seqüências de acontecimentos são bem alocados e a história não se perde.  Vários ganchos são deixados no decorrer da trama indicando fatos que serão revelados apenas mais a frente.
Bom, como trata-se de uma trilogia, agora é aguardar a continuação da aventura e ver como o autor procurou trabalhar os pontos fracos de sua obra para descobrimos o quanto ele se empenhou em melhorar e se ele melhorou.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

PRESAS

RESENHA
Livro: Presas - A dádiva da escuridão
Autor: Marco de Moraes

Pois é, conheci o autor, Marco de Moraes, durante um evento do PROLER. Curioso pela arte e capa de seu livro; sugeri trocarmos nossas obras. E ele aceitou.
Eu não imaginava a narrativa diferente que encontraria nas paginas de seu trabalho.
Você agora está achando que vou dizer que o livro é ruim. Não, ledo engano. Na verdade, o que me deixou surpreso em suas paginas, foi a forma diferente que o autor achou de construir sua narrativa.
Presas, conta a história de um homem sem a menor idéia de quem é ou foi. Após acordar sem a menor noção de onde está, segue rumo em busca de respostas. Sem muito jeito, pouco a pouco vai se situando. E enquanto sua jornada se desenrola, ele faz contato com criaturas que se alimentam do sangue alheio. Seres de presas afiadas e que espreitam a noite, tomando posse do corpo dos incautos. O reino onde a história se desenrola está envolto em escuridão e mesmo durante o dia, a luz mal pode ser vista.
O autor nos leva pela jornada do protagonista mantendo o suspense de seu passado até o ultimo instante. Utilizando-se de uma narrativa em primeira pessoa, nos limitando a saber apenas aquilo que o personagem vê (ou mesmo quer registrar) e argüindo-se de palavras pomposas que dão ritmo a narrativa dos fatos, fazendo-nos sentir ouvindo um poeta a declamar tais acontecimentos.
Admito, nunca imaginei que fosse ler um livro de fantasia que fosse narrado todo de forma “poética”.
E se o autor me permite aqui dizer, seu domínio sobre a linguagem usada é boa. Não falhou em momento algum em seu intento. Todavia, sinto dizer (mas acho importante, pois são as criticas construtivas que nos ajudam a melhorar), acho que deveria tomar cuidado com tal estilo de linguagem. Os capítulos grandes ficaram cansativos devido ao ritmo das palavras. Eu, novamente se me permite, aconselharia a utilizar-se de capítulos menores como fez no inicio. Foram mais tranqüilos de ler e prenderam com mais facilidade a atenção, mantendo o interesse de forma natural pela leitura.
Acho que é isso.
E peço desculpas ao autor, caso eu tenha parecido presunçoso, ao querer intrometer-me em seu estilo de escrita.