quarta-feira, 5 de outubro de 2011

EMOÇÃO

- Iiii, alá... Pré-Mortais! – disse o menino, passando em frente ao estande, agarrado a mão da mãe. Os olhos esbugalhados em uma expressão de admiração pelo livro que indicava.

- O moço, é Bestseller? – perguntou a garota, com o livro Pré-Mortais em mãos, chamando a atenção do autor, que esclarecia as duvidas de outro leitor.

- Já tem o filme, tio? – disse o estudante acompanhado de duas amigas, também uniformizadas, dirigindo-se ao autor, que se encontrava ajeitando a prateleira.

- Caraca, leva! É bom, tenho certeza! – o menino falava de forma entusiasmada para a amiga, enquanto apontava para o livro Pré-Mortais. O detalhe, é que ele não havia se quer folheado a obra.


Essas são algumas das frases com as quais eu me deparei durante a minha aventura na Bienal do Livro 2011.
Foi um momento único em minha vida. Não tenho palavras que descrevam o que senti, diante de cada pessoa que parou no estande. Era incrível ver e observar como cada uma reagia de uma forma diante de um livro que havia acabado de sair do forno. E mais espantoso ainda era o carinho (mesmo que curioso) que os leitores direcionavam a mim, enquanto autor independente (leia-se marinheiro de primeira viagem).
Obrigado a todos que me deram essa oportunidade e que apostaram no meu trabalho. Arriscando ler, a mim, um total desconhecido que caia de pára-quedas naquele mar de livros e que, de alguma forma, chamou a atenção de leitores tão ávidos por emoções que pudessem entreter seu preciso tempo.

Essa nota eu dedico a CADA UM de vocês que passou pelo meu estande na Bienal 2011.
OBRIGADO!!!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

GELO

Após uma sequência de ensaios "românticos", volto novamente com ação.
Espero que apreciem.

GELO
A tempestade chegou sem avisar. O frio preencheu o ar em pouco tempo, cobrindo de gelo tudo à sua volta. Por sorte, o andarilho estava preparado. Trazia sobre a pele do corpo, a leve, porém quente, capa feita de pele de urso branco. O que o ajudou a não parar diante da força da natureza. Mesmo frente aos ventos gelados, ele seguiu adiante em seu caminho. Conhecia a importância de chegar ao fim daquela estrada, onde o que almejava estaria a lhe esperar.
A caminhada debaixo do frio seguiu por algumas horas. O andarilho mantinha passos largos e firmes sobre o gelo, evitando ser pego de surpresa por qualquer parte mais deslizante. Agora faltava pouco, apenas mais uma descida e ele estaria fora da área mais pesada da tempestade.

Assim que ele se aproximou do pé daquele pequeno desfiladeiro, completando a sua descida, um som cortante chegou sem avisar. Ele parou imediatamente. A mão deslizando sem pensar para o punho da espada que pendia em sua cintura, ficando em prontidão. Os ouvidos atentos ao menor movimento a sua volta. Ele esperou 20, 30, 60 segundos. Nada. Porém, seus instintos lhe precaviam para não baixar a guarda. Ele movimentou a cabeça de um lado a outro, tentando sentir o cheiro que o cercava. Pois uma leve brisa denunciou o odor pesado de alguma fera, que provavelmente o espreitava, se esgueirando com a pelugem encharcada.
O andarilho manteve a calma e continuou como se nada tivesse percebido. Assim que deu o primeiro passo, o vento o avisou com um silvo cortante. Mas antes que o que quer que fosse pudesse lhe atingir, ele desembainhou a espada com destreza e deslizou para o lado, cortando o ar acima de sua cabeça. Sentiu então a lâmina da espada rasgar por um breve momento uma superfície áspera que não sustentou por muito tempo seu encontro com o fio da lâmina.
O guerreiro parou, ainda em guarda, e levou sua espada novamente a bainha.
O vento gritava em seus ouvidos, mas o chiado da fera era mais latente. E agora demonstrava seu rancor por sua presa, que se tornara seu agressor. Mas isso não estremeceu o andarilho. Ele continuou imóvel, estudando qual seria o próximo passo da fera. A mão firme no punho da espada, que agora ansiava por sair novamente para beber mais um pouco do sangue que havia provado. A fera o rodeou, procurando ser o mais silenciosa que podia. Porém, os ouvidos do andarilho eram afinados de tal maneira, que ele poderia ouvir mesmo os passos mais macios a se aproximar naquele terreno. Mas a fera não tinha como saber. E por isso, saltou novamente sobre o homem. E assim que chegou perto, percebeu seu fim chegar pelo aço da espada, que atravessou seu peito, dessa vez, com firmeza. E, antes que a fera terminasse de jogar o peso morto de seu corpo sobre o homem, ele deslizou a lâmina seguindo seu curso e saindo de sua direção. A fera caiu inerte, o corpo sem o menor sinal de respiração. O sangue esvaindo-se na neve.
O guerreiro sacudiu a espada, livrando-a do sangue quente da fera, e a embainhou novamente. Ajeitou a capa de urso sobre o corpo e retomou sua caminhada. Assim ele seguia mais uma vez em direção ao norte, rumo ao seu destino.

domingo, 2 de outubro de 2011

SENTIMENTOS

O garoto parou em frente ao interfone, e ali, por um tempo ficou. Seu olhar fixo em um único botão. Seus pensamentos direcionados para ela. Porém, a indecisão entre fazer o que o coração queria e o que a razão mandava. Ele tirou uma das mãos do bolso, coçou o queixo de leve, por fim, cedeu ao coração. Apertou o único botão que lhe convinha. O de número 504.
- O que você quer? – disse a voz de menina, em tom levemente irritado.
- Você está bem? – o rapazinho perguntou.
- E isso importa? – retrucou a menina, em tom malcriado.
- Para mim, sim. – o garoto afirmou. Havia convicção em suas palavras. – Posso ir ai? – ele acrescentou.
- Você sabe o caminho. – a menina respondeu e se calou.
O menino sacudiu a cabeça, desolado, e se dirigiu ao elevador. Apertou o botão e esperou. Não demorou, o elevador chegou. Ele entrou e apertou o numero 5. As portas de ferro se fecharam e com um solavanco a caixa de aço se deslocou em direção ao andar selecionado.
O numero 5 piscou no painel e as portas se abriram. Calmamente o menino saiu, dirigindo-se ao apartamento da menina.
Foi preciso que ele tocasse a campainha duas vezes até que ela atendesse. Quando a porta se abriu, revelou uma menina de cabelos negros enrolados em um rabo de cavalo improvisado. Ela olhou para o rosto cor de chocolate do garoto e continuou séria. Por alguns minutos, nenhum dos dois falou nada. Mas foi ele quem quebrou o silêncio.
- Não gosto de te ver assim. Fico triste, quando você fica triste.
A garota tentou esconder um riso entre o olhar severo que sustentava no rosto, mas ele percebeu que ela gostou de ver que alguém se preocupava com ela.
- Eu não estou triste. – ela disse secamente. – Só não queria mais ficar no meio daquela gentinha.
-Tem certeza? Não é o que seus olhos me dizem. – ele disse, quando notou que os olhos dela estavam avermelhados. Como os de alguém que estivera chorando.
- Quer saber mais de mim, do que eu mesma? – ela o alfinetou.
- Não, longe de mim. Só estou preocupado com você. – suas palavras eram sinceras. – Mas já que está tudo bem, vou me retirar. Acho que estou apenas tomando o seu tempo. Não quero incomodá-la.
O garoto disse sério, os olhos fixos no dela. Ela se quer piscou.
Ele sorriu sem jeito e se virou, seguindo novamente para o elevador. Assim que ele ficou de costas, ela segurou sua mão. O leve toque dela, fez com que ele parasse instantaneamente. Mas ainda sim ele se manteve de costas para ela, e ficou em silêncio. Ela também nada disse. E assim os dois ficaram por alguns instantes, ligados apenas pelo toque da mão um do outro.
Quando ele fez que ia seguir, dando um passo a frente, ela o abraçou, cruzando seus braços na frente dos peitos do menino. E, de leve, encostou a cabeça na nunca dele. Em seguida, ele sentiu uma gota molhar de leve sua camisa nas costas. Ele não precisou olhar, sabia que ela estava chorando.
- Fica! – ela pediu, agora com a voz gentil.
- Sim! – ele disse tocando de leve as mãos dela, que repousavam sobre seu peito.

DECEPÇÃO

- Boa tarde senhor! Poderia chamar a Lia para mim? – disse o garoto.
- E você, é? – perguntou o homem uniformizado.
- Andino! Diga a ela que é o Andino. – respondeu o garoto.
O homem balançou a cabeça em sinal positivo e saiu. Eu fiquei ali no portão esperando. O coração acelerado, as mãos tremendo e a ansiedade me sufocando. Nem sei como havia conseguido manter a calma perto do porteiro. Esperei por apenas 5 minutos. Mas pareceu uma eternidade.
Assim que o porteiro voltou, já chegou balançando a cabeça negativamente.
- Sinto muito rapaz, ela está em aula e não pode sair. – ele disse.
Eu baixei a cabeça, desolado.
- Mas ela perguntou se você poderia esperar até a hora do intervalo. – o porteiro acrescentou.
Eu levantei a cabeça, com um sorriso tímido no rosto, e fiz sinal afirmativo.
- Então, é só esperar ali, oh! – o porteiro disse, abrindo o portão e me indicando uns bancos no pátio, que ficavam a direita da entrada.
- Obrigado senhor! – eu disse, enquanto me dirigia para a direção indicada.
Fiquei aguardando nos bancos. O tempo parecia não passar. Eu olhava ansioso de um lado a outro, mãos tremendo e o coração a mil. Mesmo com as mãos tremulas, eu não soltava a rosa que trazia comigo e tão pouco o bilhete. Era por causa disso que eu estava ali, esperando a Lia. E enquanto me perdi em pensamentos a lembrar do sorriso dela, fui tragado de volta para a realidade pelo barulho do sinal, que provavelmente anunciava o intervalo.
À vi saindo do corredor. Levantei ansioso.
E agora, o que iria dizer? Havia esperado tanto por esse momento. Quando dei por mim de novo, ela já estava parada a minha frente, com seu sorriso a me oferecer.
- Oi, Andino! – ela me cumprimentou.
Por segundos que pareceram horas, fiquei sem fala. Fui tomado pelo nervosismo e as palavras simplesmente fugiam da minha língua, me deixando sem a menor reação. Mas eu respirei fundo e consegui falar.
- Oi, Lia! – e ainda sem jeito, consegui esboçar um sorriso.
- O porteiro havia dito que você queria falar comigo. Em que posso ajudá-lo? – ela disse com a voz quase inaudível e aquele jeitinho meigo dela.
- É... – eu comecei meio sem jeito, escondendo a rosa entre as mãos, posicionando-as nas minhas costas. – não vim pedir ajuda. Eu vim falar algo muito importante com você. Pelo menos para mim.
Ela inclinou levemente a cabeça, como uma criança curiosa, provavelmente tentando entender as minhas intenções. Mas continuou calada.
- Vim lhe trazer isto! – eu estendi a rosa e o bilheta a minha frente.
Lia corou na hora. Suas bochechas ficaram rosadas, como sempre acontecia quando ela ficava sem jeito.
- São para mim? – ela perguntou, ainda incrédula.
- Sim! – disse.
Ela pegou a rosa e o bilhete, as bochechas ainda rosadas, demonstrando seu desconcerto. Em silêncio, ela leu o bilhete. Eu não havia escrito muito coisa, por isso, logo ela ergueu a cabeça me direcionando um olhar ainda mais desconcertado.
Pronto, estava feito. Agora ela sabia de tudo. Meu coração gelou. O que ela iria dizer? Era a pergunta que martelava em minha mente. Mas agora não tinha mais volta.
- Andino, é muito bonito o que você escreveu. – ela disse, quebrando o silêncio. – Mas... – ela hesitou. Os olhos demonstrando ainda certo desconcerto – me desculpe. Somos apenas amigos.
Meu coração ficou em cacos naquela hora. E provavelmente isso estava transparente em meu rosto, porque, ela tocou de leve minhas mãos e tocou meu rosto, colocando nossos olhos um de frente para o outro.
- Não fique assim. Gostei muito de todas as cartas que você mandou. Nunca imaginaria que era você. – ela disse, e aquilo me alegrou por um instante. Mas ela continuou. – Mas te vejo apenas como amigo. Você é um doce de pessoa, gentil, atencioso, carinhoso, inteligente, esforçado, mas... somos apenas amigos. – ela disse, com um sorriso sincero, meio tímido.
- Tudo bem. - Eu sorri de volta. Não fui exatamente sincero, mas não podia fazer mais nada. Havia perdido meu chão e meus sentimentos estavam em pedaços. Caquinhos bem miúdos, que levariam um século para serem juntados novamente.
- Pode deixar, não vou mais importuná-la com isso. – eu disse, ainda sustentando o sorriso, falso, no rosto.
Aproximei-me dela, dei-lhe um beijo na testa e me afastei novamente.
- Acho que é tchau, então, né? – eu disse.
O Sinal do fim do intervalo soou e foi à afirmação da nossa despedida. Não esperei que ela dissesse mais nada. Virei e fui em direção ao portão. Caminhei sem olhar para trás. Só depois de já estar a uma boa distância do cursinho onde ela estudava, eu parei. E só então, eu levei minha mão ao meu rosto, enxugando a lagrima que havia tomado coragem para sair e escorregava lentamente pelas minhas bochechas.

sábado, 1 de outubro de 2011

PAIS E FILHOS - Silêncio

O garoto caminhava lentamente. Não havia pressa nem mesmo em sua expressão. Seu destino não parecia ser o que ele queria. Mas ele sabia que, de alguma forma, teria que chegar. Era um menino magricela, mas não abaixo do peso. A cabeça era emoldurada por cabelos negros, cortados a máquina. Um garoto comum, porém, diferente pela dor que carregava no coração. A blusa da escola estava suja em várias partes, o cadarço do pé esquerdo do quichute estava desamarrado e ele trazia a mochila pendurada em uma das mãos.
Não havia sorriso em seu rosto.
Ele parou diante de um muro marrom com um portão de madeira. Por detrás deles, uma casa de dois andares se erguia. O menino retirou do pescoço um cordão que trazia três chaves. Escolheu uma delas e encaixou no portão. A tranca destravou com dois cliques. O garoto passou pelo portão e subiu as escadas que levavam ao segundo andar da casa. Ali, havia apenas uma grande varanda e duas portas, que eram os únicos cômodos daquela parte da casa. O garoto parou, suspirou fundo, e olhou ao redor. A paisagem que se estendia era a de várias casas humildes. A única coisa que quebrava a continuidade da visão era a grande igreja que se erguia praticamente a frente de sua casa. Mas nada daquilo o importava. Ele sacudiu a cabeça e enfiou a chave na porta da sua esquerda. Novamente dois cliques e, a passagem estava liberada.
Era um cômodo pequeno, provavelmente seis metros quadrados. Não havia luxo ali. As únicas coisas que preenchiam o espaço eram: uma cama de madeira polida ao fundo, um guarda-roupa na parede da direita, uma mesa com um computador ao lado da janela na parede da esquerda, uma estante com alguns livros, ao lado da porta, e um giro visor sustentando uma TV de 14” logo acima dela. O menino largou a mochila na cadeira e se jogou na cama, com um desanimo estampado no rosto. O mesmo que parecia ter lhe acompanhado o caminho inteiro. De forma despreocupada, ele levou a mão à boca, tocando o pequeno corte no canto dos lábios.
- Por que todos me odeiam? – ele falou consigo mesmo.
Virou de lado na cama, postando-se de frente para a parede, que era o fundo do quarto. Pareceu não se sentir a vontade com a posição, e se mexeu novamente, ficando de bruços e enfiando a cara no travesseiro. Mas sua tentativa de “fuga” foi interrompida quando alguém bateu a porta.
- Posso entrar? – perguntou uma voz de mulher.
O garoto se virou novamente e dessa vez ficou de barriga para cima, olhando para o teto. Seus olhos estavam vermelhos, o rosto marcado próximo aos olhos e o travesseiro mostrava sinal de umidade. Depois de um tempo ele respondeu.
- Sim. Pode entrar mãe.
A porta abriu praticamente sem nenhum barulho. A senhora olhou para o menino deitado na cama e, hesitante, se aproximou. Retirou a mochila de cima da cadeira e a colocou pendurada no encosto da mesma e se sentou.
O garoto ainda permanecia em silêncio.
Ainda demonstrando hesitação, a senhora fez um gesto para tocar o menino, mas parou a poucos centímetros da testa dele. Porém, não se deteve ali, completou o gesto e alisou delicadamente a testa do filho. Que silenciosamente deixou uma lágrima escorrer pelo canto do olho. Mas permaneceu imóvel e não disse nenhuma palavra. A mãe observou o menino, reparando a ferida no canto da boca, a blusa suja de poeira e um pouco de sangue e, o olhar triste e profundo no rosto do filho.
- Quer conversar? – ela perguntou. A voz triste, provavelmente pelo estado em que o filho se encontrava.
O garoto continuou sem dizer nada. Mas levantou da cama calmamente e ficou sentado. Sua mãe também não disse mais nada, apenas esperou. Sustentando um olhar calmo e terno para ele. Observando os olhos vermelhos do filho.
Do nada, o menino enlaçou a mãe pela cintura e se entregou as lágrimas que ainda lutavam para sair.
A mãe apenas pousou os braços sobre o menino, acolhendo-o com seu calor. E eles ficaram em silêncio, juntos. Não havia uma só palavra a ser dita. O menino era assim: fechado. Falava mais com o corpo do que com palavras.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

AMOR



As ondas chegam brandas à areia da praia, enquanto meu olhar vagueia perdido no horizonte, navegando entre as nuvens e os pássaros que decoram a parede azul cintilada pelo dourado do astro rei.
O vento chega trazendo a lembrança do seu perfume, fazendo-me recordar o cheiro suave dos seus cabelos, sempre sedosos. Lembrando-me da sua pele de seda, macia ao toque das minhas mãos.

De repente me surpreendo. Tudo fica escuro a minha frente. Sinto o ar quente tocar meu pescoço, e um cheiro doce de melancia chegar sem avisar. Toco meu rosto e sinto as mãos calorosas que me roubam a luz do sol que vem do horizonte. Com calma e suavidade, tateio as mãos até percorrer o braço, procurando identificar seu dono.
Sua pele macia a denuncia.
Eu sorrio.
Sinto meu corpo ser puxado para trás e me deito na areia. As mãos saem da frente dos meus olhos, revelando um sorriso sincero e caloroso.
Toco seu rosto e me ergo oferecendo um beijo. Toco seus lábios que respondem aos meus. Nada mais importa.
Ao longe, apenas o barulho das ondas continua, preenchendo o ar, além do som de nossos próprios corações, que palpitam, denunciando a emoção do nosso amor.

Não é preciso uma só palavra para dizer o que sinto.
Nossos corpos sabem, através da linguagem que nunca morre.

Por isso, te amo, hoje e sempre.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sete Selos



A autora Luiza Salazar lançou pela ediora UnderWorld, o Livro Sete Selos.
Uma narrativa que conta a história de Lara Carver, uma agente de campo, que trabalha para a Agência. Uma organização que combate e controla fenômenos sobrenaturais.
A agente Carver enfrenta um dos maiores desafios para a Agência e para ela mesma, quando um estranho fenômeno começa a destruir locais sagrados em Paris e um Padre é morto.
Durante as investigações, descobre que estão enfrentando uma entidade antiga e com poderes acima de suas capaciades mortais. Essa informação é trazida graças a colabração de Lucius, um demônio, que ajuda no caso de livre e espontanea vontade. O que não deixa Lara nada a vontade, pois trata-se do mesmo demônio que matou seu pai quando ela era criança. Mas como o caso em questão é grave, a agente deixa de lado as picuinhas pessoais, passando por cima de sua ferida e se coloca a trabalhar ao lado de seu antigo inimigo. Além de Lucios, Lara recebe a ajuda de Jason. Um ex-agente e "amigo".

Durante a aventura, muitas surpresas acontecem e coisas que Lara jamais imaginava se revelam a sua volta.


Sete Selos é um livro empolgante e muito bem narrado.
A trama é bem amarrada e autora revela pouco a pouco os segredos que a história guarda, sem gerar expectativas desnecesárias e prolongadas. Ela nos leva através de um fascinante (e ao mesmo tempo comum) mundo de anjos e demônios. um mundo a beira do nosso, do qual não temos a menor consciência.

Obs.: Só não gostei do final. Mas é um ponto de vista muito pessoal, MEU, e isso não interfere em nada na qualidade da história.

Recomendo.
Uma boa semana para Todos!!!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

REAPRENDENDO

Como a maioria bem sabe, eu moro sozinho. E para a idade que tenho, bem, não pareço tê-la mentalmente. Pois é. Trinta anos não combina comigo.
Hoje eu estava no PC, vivendo mais um dia da minha vida. Até que, alguém me chamou.
“ANDERSON!!!” Na verdade, gritaram, né. Pois eu moro no sexto andar. Sai da frente do computador e fui direto para a janela da cozinha pra constatar se realmente era a mim que estavam chamando. Afinal, vivem gritando uns aos outros nesse lugar!
Chegando à janela, coloquei o carão pra fora e confirmei. Havia dois colegas no pátio me chamando. Chamei a atenção deles e disse:
- Peraí! Já vou descer! Só um minuto.
Feito isso, voltei pro quarto, mergulhei dentro da minha blusa preta, que trazia a Rei Ayanami ilustrada em sua lateral direita, coloquei os celulares no bolso, a carteira e desci.
Passei o resto do tempo jogando conversa fora. Não falamos sobre nada de importante. E ainda sim, o frio não nos incomodava. Riamos de tudo. Principalmente das piadas (que não deveriam ter graça). Mas era inevitável não rir. Imagine você, seu colega vira e fala:
- Você sabe por que na áfrica eles não assistem o globo esperte? – a principio, não parece nada de mais, né?
Ai você responde: - Sei não! Por que eles não assistem? – você pergunta.
Seu colega te olha com aquela cara “como assim você não sabe?” Ai a ficha cai. Piada complicada essa, não? Mas tudo bem. É bom rir às vezes. Mesmo que de algo desse tipo.
Continuamos ali, rindo até dizer chega de várias bobeiras. Até que tiveram a grande idéia de ir pra quadra. Não é lá grande coisa, mas quebra um galho. E nesse caso, quase me ajudou a quebrar o braço. Mas valeu a pena.
Chegamos lá, havia um conhecido dos meus colegas andando de skat. Eu não resisti e pedi pra tentar. Há muito não o fazia, mas senti uma vontade sincera de ousar. E segui adiante.
O rapaz me emprestou o skat e, timidamente eu subi na prancha sobre quatro rodas. Fiquei um temo apenas balançando de um lado pro outro sem muito sucesso.
Acho que o medo não me deixava sair do lugar. Todos estavam me olhando, provavelmente esperando alguma coisa. Eu retribuí o olhar, meio tenso. Tomei um pouco de coragem e tentei realmente andar com o skat. Nessa hora, as rodas entram em atrito com o cimento, deram um sinal maior de vida, mas não fiz mais que três movimentos. Depois disso, perdi o equilíbrio e fui ao chão. Caindo com um baque surdo.
Aonde caí, eu fiquei.
Demorei um tempo, estirado no chão, rindo de mim mesmo. Mas feliz pelo prazer que o simples momento me causou. E pensei:
“É incrível como, às vezes, duas horas do nosso dia, entre pessoas simples, valem mais do que todo resto. Que é preenchido pela tensão e preocupação das responsabilidades do dia-a-dia.”
Naquele momento, me lembrei de como eu me divertia em tempos que hoje fazem apenas parte da gaveta dentro do meu cérebro, chamada: memória.

MADRUGADA

A mesa estava abarrotada de coisas.
Havia papel colado nas bordas com anotações diversas, agendas empilhadas, canetas dentro de um recipiente circular prateado e uma prancheta com um papel branco preso pela presilha.
Eu olhava a folha compenetrado, me perdendo em sua brancura. Porém, nada me vinha à cabeça.
O relógio marcava 03:00 da manhã no display. Com isso, me dei conta de que já estava naquela empreitada a mais de cinco horas. Aquele tempo todo e nenhum progresso. Sacudi a cabeça espantando o sono que queria começar a disputar espaço em minha mente, forçando minhas pálpebras, convidando-as a se fechar.
Descruzei os braços, peguei a lapiseira que estava entre as canetas e foquei novamente no papel. Estava decidido: ia conseguir pelo menos um esboço. Um rabisco qualquer que me ajudasse a não ter perdido aquelas cinco horas em vão.
Dei uma boa olhada no cômodo onde estava.
A minha direita, a cama se mostrava solitária, me convidando a fazer-lhe companhia. Ao fundo, minha estante com meus livros e quadrinhos. Havia muitos títulos. Todos bem distribuídos e organizados. À esquerda, meu guarda-roupa ocupava oitenta por cento da parede branca do quarto, deixando apenas um espaço para a janela, que dava para a rua. Um adesivo dos X-men decorava a porta do meio do guarda-roupa, entre as outras duas que possuíam um espelho.
Voltei novamente a olhar para a folha em branco sobre a mesa. Agora eu sabia o que ia esboçar. Mas quando me inclinei a fazê-lo, o telefone tocou. Por um instante fiquei furioso. Justo na hora em que consigo inspiração o telefone tinha que dar sinal de vida? Mas tudo bem. Após o terceiro toque eu atendi.
- Alô! – eu disse.
- Serei breve. – disse a voz do outro lado. E eu fiquei meio perdido com a informação. O que aquilo queria dizer? Mas antes que eu dissesse algo, a pessoa do outro lado da linha continuou. – Você corre perigo. Saia daí, agora! – depois disso o telefone ficou mudo.
Seria isso um trote? Não sei. Mas por algum motivo eu senti um frio percorrer a minha espinha e, de repente, o silêncio do quarto tornou-se sufocante. Até o ar ficou abafado sem a menor explicação.
Olhei agitado de um lado a outro e gelei quando ouvi um barulho que parecia vir do corredor, do outro lado da porta do meu quarto. Pareciam passos e eram pesados. Pois a madeira do chão rangia anunciando a aproximação de quem quer que fosse.
Eu não sabia o que fazer. Pelo visto, não havia sido um trote. Mas quem poderia ser? E o que queria com um pobre designer free-lance?
...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

ENCONTRO NA ESCURIDÃO

ESCURIDÃO.
Eu não podia ver um palmo a minha frente. O breu total era incomum. Não conseguia identificar que lugar era aquele. Não havia cheiro, barulho, nada preenchia o ambiente além da total escuridão.
Pouco a pouco fui tomado por uma angustia que crescia gradativamente. Ela tentava ganhar o status de pânico. Eu procurei controlá-la o máximo que pude. Mas ela lutava bravamente. Impondo a mesma intensidade que eu, porém, de maneira contrária. Lançando-me no abismo do desespero com tanta força, que eu não sabia mais se era capaz de suportar.
Olhei em todas as direções. Ansioso, nervoso, afoito.
Nada.
Aquilo era surreal. E o tempo parecia estar congelado. Eu não tinha a menor noção de onde estava, ou mesmo, de que horas eram e quanto tempo havia passado.
De repente, ouvi um barulho tímido, porém, acelerado se anunciar. Nervoso, olhei novamente em todas as direções. Nada.
Fechei os olhos para fugir dos engodos dos sentidos. Percebi que era meu coração que estava um pouco agitado. Apesar disso, mantive os olhos fechados mais algum tempo. As batidas voltaram ao ritmo costumeiro. Mas ainda sim, permaneci dentro da minha própria escuridão, me trancando um pouco além daquela que me cercava.
Não sei quanto tempo se passou até aquela luz quase me cegar, preenchendo a escuridão de súbito. Meus olhos arderam, mesmo estando fechados, e eu fui forçado a me virar na direção oposta. Quando a intensidade da luz perdeu força, senti um calor invadir o espaço onde estava. Isso foi seguido de um barulho que, depois de alguns segundos, identifiquei como sendo um grunhido. Que ganhou força gradativamente.
Ainda receoso, fiz um esforço e me voltei para a direção de onde a luz veio. Com cautela, e medo talvez, abri os olhos novamente. O ambiente não estava claro como eu havia imaginado. Pelo menos, não com luz branca. A escuridão havia dado lugar a uma tonalidade vermelha, meio alaranjada. E eu me vi cercado por cinco pilares de mármore amarelo, dentro de um enorme salão. Que facilmente chegava aos 20 metros de altura. O teto era ornamentado de maneira a parecer uma galáxia. A única coisa que os diferenciava: era a cor. Porém, eu percebia a mesma profundidade de uma galáxia naquela imensidão vermelha.
Olhei novamente para os pilares e notei que todos possuíam desenhos “tribais” talhados em sua estrutura. O chão era liso e feito de enormes mármores laranja, com vãos bem fininhos separando uns dos outros.
No entanto, algo tirou a minha atenção daqueles pequenos detalhes. Meus olhos fitaram apreensivos uma espessa cortina de fumaça que começa a se formar a minha frente. Ela era vermelha e não possuía cheiro algum. Aquilo me deixava ainda mais preocupado. E quando eu vi um par de olhos ganhar forma dentro daquela fumaça, dei um passo atrás, demonstrando certo medo. Mas a manifestação não se deteve ali. A figura cresceu de forma colossal. Tanto em altura, quanto em largura. Eu engoli em seco o que vi. Meus olhos demoraram a crer no que viam. Mas eu bem sabia que era real. Minha experiência anterior me permitia à certeza. Aquilo não era meramente fruto da minha imaginação. A figura gigantesca me olhava impetuosa. Certa da presa fácil que eu era. Pelo menos era o que ela deveria estar pensando. Afinal, em tamanho pelo menos, ela tinha uma vantagem aterradora. E, além do mais, qualquer um teria ficado petrificado diante de sua imagem.
Cinco cabeças se moviam sibilantes. Elas eram sustentadas por uma massa corporal escamosa, com duas asas grandes e cartilaginosas saindo de suas costas e uma calda sacudindo silenciosamente por detrás daquele volume.
Não havia outra criatura em existência alguma que possuísse aquela aparência e aquela intensidade de presença. Apenas uma; era capaz de causar o estado em que eu me encontrava.
Tiamat!
A Deusa dos dragões Malignos. A mais temida de todas as feras.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sob uma nova pespectiva!

Confira a baixo o primeiro capitulo de Pré-Mortais - Livro 1: O despertar. A versão que será lançada na Bienal do livro 2011.

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Capítulo Um

Mas um dia começava em minha vida. A mesma rotina e, como sempre, estou atrasado pro colégio. Acordei no susto, com a luz do sol invadindo o meu quarto pela janela que eu deixei aberta durante a noite, pois estava um calor insuportável. Vesti a primeira calça jeans que encontrei no armário e mergulhei dentro da blusa branca da escola. Ela trazia o emblema azul na forma de gota estampado na frente. Em seguida, desci a escada correndo e fiz uma pausa muito rápida na cozinha. Afinal, já dizia o ditado: Saco vazio não pára em pé. Preparei um copo de achocolatado e engoli sem muitos rodeios, passei a mão na mochila que estava na cadeira, à cabeceira da mesa, e cantei pneu de casa.
Ah, desculpem a minha falta de educação. Eu nem me apresentei.
Prazer! Sou o Hander!
Um adolescente comum, assim como você (Pelo menos eu achava). Tenho dezessete anos e estou cursando o terceiro ano do ensino médio. Estudo no colégios Nibas. Uma instituição de ensino que fica no centro de Campo Grande, um bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, habitado em boa parte pela classe média. Mas a região ainda está em expansão. O que a deixa na frente do meu bairro que, às vezes, parece ter parado no tempo.
Eu deveria ter concluído o ensino médio no ano passado, porém, não consegui focar nos estudos e acabei por largar as aulas do ensino médio, me dedicando apenas ao curso de roteiro para quadrinhos. Eu era aluno do CANES. Um curso de renome que tem em Campo Grande. Lá, você tem varias opções de cursos profissionalizantes, mas eu sempre gostei da área de desenho. Sonhava em ter minhas próprias histórias em quadrinhos e publicá-las. Minha preferência é pelo mangá: os quadrinhos japoneses, aqueles onde os personagens possuem olhos grandes e expressivos. Segundo os orientais: os olhos são a janela da alma.
Minha vida se resume atualmente a recuperar o ano letivo que perdi. E nas horas vagas eu desenho meu mangá (aliás, nunca imaginei que minha imaginação fosse me trazer tantos problemas). Sou um garoto aparentemente normal para minha idade. Tenho um metro e setenta quatro de altura, a pele morena, cor de chocolate, os cabelos negros cortados a máquina nas laterais e um pouco alto e ondulado na parte superior, num corte tipo militar.
Da minha casa até a escola, são aproximadamente 30 minutos de ônibus. E como já acordei atrasado, pelo visto vou chegar no limite do horário para minha primeira aula. E se não me engano, hoje tenho aula de biologia com o professor Ronan. Gente boa ele. Mas vou te falar: ô cara exigente quando o assunto é a aula dele e os trabalhos que ele passa! Mas ele merece respeito. Não há um aluno que estude com ele, e não aprenda biologia.
Meia hora depois, meio sem ar, lá estava eu, parado em frente ao colégio!
Assim que passei pelo portão, cumprimentei o porteiro, entreguei minha carteirinha e segui em frente. O Nibas é um agrupamento de casas com telhados coloniais, todo erguido por tijolinhos vermelhos harmoniosos. As três casas formam um “L”, com uma quadra poliesportiva no interior. É nela que as turmas fazem educação física, ou, onde alguns dos alunos menos dedicados deixam de assistir aula para ficar jogando futebol. Que é o esporte preferido dos brasileiros.
Cheguei à escola no tempo que imaginei: faltando apenas um minuto para aula. Passei tão rápido por todos no pátio, que mal cumprimentei as pessoas presentes. Assim que atravessei o portão principal, já virei à direita e subi correndo as escadas, indo direto para sala de aula. Chegando lá, pra minha sorte, o professor ainda não estava. Fui entrando e dando bom dia a todos. Enfiei-me no assento ao fundo da sala. Quando finalmente respirei um pouco, ouvi uma voz se direcionar a minha pessoa.
- Bom dia, Hander! – ela me disse.
A voz me era familiar. E quando me virei, não houve grande surpresa. A não ser pelo sorriso que ela trazia em seu rosto. Alias, dificilmente vejo essa garota triste. Ela é um ano mais nova do que eu, tem dezesseis anos. Diferente de mim, não é uma repetente. Pelo contrário, é uma garota estudiosa e muito dedicada. Ela é magra, mas com um corpo definido. Os cabelos castanhos batendo no ombro e a franja parando pouca coisa acima da sobrancelha e da fina armação dos óculos. Ela também é mais alta do que eu. Aliás; ela é mais alta que a maioria de nossa idade. Ela mede um metro e oitenta de altura.
- Bom dia, Michelle! – eu disse retribuindo o sorriso.
- E então, fez o trabalho que o professor pediu? – ela me perguntou. E em seus olhos pressenti que ela já sabia qual era minha resposta.
- Não. – eu disse me esparramando todo na mesa. – E sinto que sofrerei as consequências por isso. – meio que por impulso, eu bati com minha cabeça na superfície da mesa.
Quando ergui novamente a cabeça, esfregando a mão na testa que estava um pouco dolorida, me deparei com Michelle saindo de fininho com o riso abafado e o professor me olhando de braços cruzados e com os olhos sem muita expressão.
- Muito bonito, não é Sr. Yassiri. – ele disse olhando pra mim, enquanto colocava suas coisas sobre sua mesa. Ele tem essa mania de chamar os alunos pelo sobre nome. Por isso só me chama assim.
Meio sem jeito, eu apenas disse: - Foi mau aí, professor.
Seu olhar sério desviou da minha pessoa e se voltou para o quadro, que se encontrava todo rabiscado de giz branco. Provavelmente não havia sido limpo na última aula do dia anterior. O professor começou a limpá-lo e, mesmo sem tirar os olhos do quadro, se dirigiu a mim: - E então Sr. Yassiri, fez o trabalho que passei na aula passada? – sua pergunta foi seca e direta.
Eu olhei de um lado a outro, buscando nos colegas de classe alguma solução, mas não tinha outro jeito, senão, responder a pergunta do professor.
- Não. Infelizmente... – e quando eu ia começar a explicar, Ronan apontou a direção da porta sem nem olhar para trás.
- Desculpe Sr. Yassiri, mas conhece as regras. Em minha aula, alunos que não fazem trabalho, não podem ficar. – ele disse olhando por cima do ombro. – Por gentileza, retire-se da sala. Quem sabe na próxima aula, o senhor trazendo o trabalho feito, eu permita que assista a minha aula. – ele concluiu e voltou-se novamente para o quadro.
Eu, pra variar, mesmo inconformado, me levantei da carteira e saí da sala, fechando a porta logo em seguida. Já que não podia assistir à aula e meu esforço para chegar a tempo no colégio havia sido em vão, resolvi voltar para o pátio e aproveitar o tempo livre.
Assim que desci as escadas, fui direto para debaixo de uma árvore, que tinha um banco repousando vazio debaixo de sua sombra, e por ali mesmo resolvi ficar. Dali eu podia ver boa parte da escola. A minha frente estava a entrada para o corredor que dava na sala da diretoria, pouco mais a esquerda estava a quadra com alguns garotos jogando futebol, próximo a mim, algumas garotas conversavam trivialidades em uma mesa, e atrás, estava o salão onde ficava a cantina. Mas nada disso me importava naquele momento. Recostei no banco e, usando minha mochila como travesseiro resolvi tirar um “cochilo” ali mesmo. Pelo menos eu achei que ia conseguir isso. Porém, quando me acomodei e fiz menção de fechar os olhos, percebi que o céu estava diferente, que algumas nuvens cinzentas começavam a ocupar a imensidão azul.
“Que estranho, não me lembro de ter dado chuva pra hoje na previsão do tempo.” Apesar do pensamento, procurei ignorar as nuvens e tentei relaxar.
Minha tentativa de relaxar foi em vão. Alguma coisa dentro de mim parecia não me deixar quieto. Senti o ar pesar e mesmo contra minha vontade já fui me levantando, os meus olhos se fixaram na direção da quadra, mas na verdade eu estava olhando para o vazio, não enxergava um palmo diante do meu nariz. Quando coloquei a mão sobre a minha testa, buscando voltar a si, fui surpreendido pela voz do trovão que soou alto e estridente no céu. Meu coração disparou, me fazendo pular pelo menos meio metro para frente de onde eu estava, quando uma mão encostou-se ao meu ombro, justamente no momento em que o trovão ia se calando.
- Ah! – nesse instante, foi minha voz que foi ouvida por todo o colégio. Eu não me borrei todo nem sei como. Mas quando olhei pra trás, por cima do ombro, meu coração desacelerou, assim que avistou o infeliz que me dera tamanho susto. O “cabeça de bagre” estava a me olhar com seu enorme sorriso de metal e estendendo uma das mãos para mim.
- Olá Hander! – foi apenas o que ele disse enquanto me ajudou a levantar.
- Olá Rodrigo! – eu disse.
Esse é um dos poucos amigos que fiz aqui no Colégio Nibas nos quatro anos que estou aqui. Ele é um cara maneiro. Rodrigo é um ano mais velho do que eu: ele tem dezoito anos. Como sempre, está com o cabelo espetado e ajeitado para trás. Rodrigo tem aproximadamente um metro e setenta sete de altura e sua pele é parda. Eu e ele temos muitas coisas em comum. Somos viciados em jogos eletrônicos de luta, gostamos de artes marciais e também gostamos de um bom desenho animado. Mas diferente de mim, que sou tímido, ele é um galanteador sem o menor limite. Não pode ver um rabo de saia, que não perde tempo. Na primeira oportunidade, lá esta ele, jogando suas cantadas baratas sobre as pobres meninas do nosso colégio. Mas fora isso, ele é um garoto normal.
Assim que me recompus do susto, nós nos sentamos no banco onde eu estava. Olhei para ele com um dos meus olhares fuzilantes, aqueles que dizem algo do tipo: “ah como eu queria amassar a sua cara.” Mas deixei isso apenas no olhar. Como disse, Rodrigo é um bom amigo e apesar de suas ações desmedidas, não vale a pena brigar com ele.
- E então, o que me conta de novo? – ele perguntou despreocupado.
- Nada. E você? – eu disse.
- Nada também. – ele respondeu. E ficou um tempo olhando pra agitação das nuvens no céu. Seus olhos pareciam enfeitiçados. Tipo quando ele avistava uma loira peituda em uma festa. Mas apesar disso, havia alguma coisa diferente no olhar dele. No entanto, quando pensei em dizer algo, ele se virou para mim com seu sorriso sonso habitual.
- Tenho que ir Hander! – ele disse levantando-se. Nos falamos na hora do intervalo. – ele apertou minha mão e foi em direção as escadas, para assistir sua aula.
Eu continuei ali, sentado no banco, olhando as nuvens, que pareciam se mover de forma estranha. “Que Rodrigo é doido, eu sei. Mas hoje ele estava realmente estranho.” – o pensamento passou rapidamente pela minha cabeça. Mas logo procurei relaxar. Encostei a cabeça novamente na mochila, aproveitei e coloquei os fones de ouvido. Aumentei no ultimo volume, eliminando assim qualquer barulho externo. Sabe, o Colégio Nibas tem isso de bom, você pode se acomodar em qualquer canto da escola que ninguém da inspetoria vem te importunar. A única coisa que realmente eles não deixam passar: é o aluno querer ir embora antes da hora. E esse era o tipo de coisa com o qual eu não me preocupava. Preferia sempre fazer como agora, ficar no meu canto, quietinho, sem ninguém me perturbando.
Olha, depois que embalei no som do UVERworld, o tempo passou que eu nem percebi. Tudo era paz e tranquilidade. Isso, claro, até um estardalhaço de trovão me assustar novamente, no que levantei num único impulso.
- Mas que meleca! Será que essa tempestade não vai me deixar cochilar? – pensei alto comigo mesmo. E dessa vez resolvi que não ia mais tentar descansar dormindo. Olhei de um lado a outro e percebi que eu era o único tenso com o barulho. Pois todos pareciam nem perceber a tempestade que estava se formando. Se bem que alguns curiosos já colocavam os carões pro lado de fora das janelas das salas de aula, olhando para o céu. Pensando nisso, resolvi também eu, tentar não me incomodar. Olhei para minha mochila e me lembrei que havia trago um dos meus mangás favoritos. Resolvi, então, me distrair lendo. Quando eu ia abrindo a mochila para pegar aquilo que iria me distrair, uma gargalhada daquelas de anime me surpreendeu, fazendo um frio percorrer minha espinha.
- Aí esta você! – uma voz feminina e desconhecida falou.
Olhei por cima do ombro e me surpreendi. Admito que o primeiro pensamento foi: “Uau, que loira fatal. Me leva com você. Sou seu escravo e outras asneiras mais.” Mas logo caí na real, e percebi que era isso mesmo que ela queria: me levar com ela. Mas não era bem do modo que eu estava imaginando. E isso não ia ser nada legal. No entanto, quando me dei conta, ela já estava a poucos metros de mim. E eu ali, babando pela loirassa.
Veja bem, já vi mulheres bonitas, mas ela era demais. Uma mulher alta, um corpo de fazer inveja a qualquer atriz global, seus cabelos eram loiros naturais, não aqueles de farmácia. E usava um vestido vermelho e longo que ia até os tornozelos, com um decote lateral que a deixava ainda mais charmosa. Seus olhos azuis pareciam o azul da água límpida do mar. O que achei estranho foi o artefato que ela segurava em uma das mãos: uma espécie de cajado. O bastão deveria ter pelo menos um metro e setenta de comprimento e era dourado com detalhes vermelhos em ambas as extremidades. Na superior, uma meia lua prateada o ornamentava com um pequeno globo azul flutuando no meio. O globo devia caber na minha mão.
- Tá falando comigo? – eu perguntei recobrando a postura.
- Sim! – ela disse, me olhando de cima em baixo, e deu um passo a frente. Eu inconscientemente dei um passo atrás. Foi automático. Por mais atraente que ela fosse, sabia que mulheres bonitas não caem do céu, o que parecia ser o caso dela. Afinal, nunca havia visto mais gorda ou mais magra no colégio. E ela simplesmente surgiu do nada, o que foi muito estranho.
Meus olhos a estudaram, mas ela parecia não se importar. Me olhava calmamente, como quem dizia “não se preocupe, eu tenho o dia todo se quiser.” Foi muito estranho pra mim perceber esse pensamento vagando em minha mente.
- E o que você quer de mim? Posso saber? – eu a indaguei. – Por um acaso já nos vimos antes? – eu completei.
Olha, se o olhar dela fosse uma metralhadora, nessa hora teria me fuzilado sem a menor compaixão.
- Digamos que nos conhecemos a muitos anos no passado, mas receio que sua memória não lhe permitirá recordar. – ela disse.
“Como eu poderia ter conhecido uma mulher dessas e não me recordar?” A pergunta explodiu em minha mente, mas ali mesmo eu a deixei.
- Quanto ao que quero de você, bem, isso é complicado e simples ao mesmo tempo. – ela disse deixando um sorriso malicioso escapar no canto dos lábios, o que me fez arquear uma das sobrancelhas num gesto de surpresa e ao mesmo tempo me fez dar mais um passo para trás.
- Eu poderia saber o que é então? – minha pergunta saiu muito tímida, demonstrando o medo que começava a surgir em mim.
- O que quero é bem simples: é a sua alma. – ela falou secamente, como se fosse realmente a coisa mais simples do mundo. Posso com uma coisa dessas? A mulher quer a minha alma, e diz que é uma coisa simples. É mole? Mas não vou mentir não, nessa hora meus olhos se arregalaram e quase saltaram pra fora do meu rosto.
- Você bebeu ou algo do tipo? – apesar do medo, minha pergunta saiu irônica.
A mulher não agüentou e soltou uma risada. – Muito engraçado você. Eu já deveria esperar isso, não é Hander? – ela disse.
Opa! Espere ai, como ela sabe meu nome? Eu não me lembro de ter dito a ela em momento algum.
- Ei, como você sabe meu nome? – eu perguntei a ela. – Aliás, qual o seu nome? – eu acrescentei.
- Meu nome é Guirana. – ela disse sem fazer rodeios. – E não importa como sei seu nome. – ela praticamente debochou de mim nessa hora.
- Ah tá. Não importa, né? Simples assim. Do mesmo jeito que é simples pra você levar a minha alma. Beleza. Tô num filme de terror e esqueceram de me avisar, né? – eu disse, sarcasticamente.
O que se seguiu foi muito estranho: eu mal terminei de falar; e num piscar de olhos a loira já estava a dois palmos de distância de mim, o que me deu um baita susto e me fez congelar.
O que foi? O gato comeu sua língua? – ela disse ironicamente. E, antes que eu pudesse responder, ela me pegou pela garganta e me suspendeu. Meus olhos a fitaram. E, sem pronunciar qualquer palavra, eles diziam para ela não fazer o que ela estava pensando, seja lá o que fosse. Afinal, quando alguém levanta uma pessoa pela garganta, boa coisa não vem por aí. Mas parece que foi em vão. Ela sorriu friamente e, antes que eu pudesse protestar, fui jogado de encontro a parede. O choque com o concreto provocou um baque surdo. Caí debilitado, quase desfalecido, mas ainda estava consciente.
Nunca imaginei que mulheres bonitas pudessem ser tão violentas. Parece que estava enganado.
Com um esforço tremendo, tentei me levantar. Apesar da pancada ter sido violenta, ainda conseguia me manter de pé. Estava um pouco esfarrapado. Um rasgo aqui, outro ali, mas eram poucos arranhões. O que realmente parecia mal, era o meu braço esquerdo. Uma dor ia crescendo e eu tive que apoiá-lo usando o direito. Forcei a visão, procurando a mulher, que ainda estava a minha frente. Ela parecia contente com o meu estado. Mas alguma coisa a distraiu e ela olhou para o lado. Eu não entendi nada, mas como minha cabeça também doía um pouco, não conseguia ter certeza de para onde ela estava olhando. A única coisa que pude discernir foi que estávamos cercados por uma multidão de curiosos. Mas logo a mulher se voltou para mim novamente.
- É, parece que nossa diversão acabou. – ela disse descontente.
- Hã? – eu fiz uma cara de espanto, demonstrando não estar entendendo nada.
- Mas fique esperto. Essa não foi a única vez em que nossos caminhos se cruzaram. Ainda nos veremos de novo. – ela disse e virou as costas. – Ah, já ia me esquecendo: Não pense que permitirei que desperte seu lado pré-mortal. Antes que os fedelhos possam fazer algo, eu darei um jeito de voltar e acabar com você.
Foi impressionante como ela simplesmente deu alguns passos após falar isso e evaporou no ar. Depois, só me lembro do Rodrigo se aproximando, perguntando como eu estava, e por fim, tudo escureceu a minha volta. Foi aí que a dor diminuiu. Também, já viu alguém inconsciente sentir ou reclamar de dor? Acho que não, né. E o que ela quis dizer afinal com “despertar seu lado pré-mortal”? O nome pré-mortal não me era estranho. Mas nunca imaginei que fosse ouvir alguém falar isso para mim. Pelo menos, não depois de tentar me matar.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Bienal do Livro 2011!!! Se chutar pra fora é penalte!!

Olá amigos!

Esta chegando mais uma Bienal do Livro. E este ano, sua edição acontece no Rio de Janeiro.

A Bienal do Livro é o maior evento literário do Brasil. Um grande momento para autores e leitores. Neste maravilhoso evento, as palavras preenchem nosso mundo imaginário, dando cores novas a nossa imaginação. É nesse cenário, que muitos autores começam a passos tímidos. E para ANDERSON ASSIS, não seria diferente.

Este ano, ele estará entre os autores independentes selecionados para a Feira. Ele chega ao cenário com o seu Titúlo: Pré-Mortais - Livro 1: O despertar.

O livro conta a história de Hander. Um jovem do Rio de Janeiro, que quando atacado por uma misteriosa feiticeira, descobre que não é humano. À partir de então, ele sai em busca de respostas. Em meio a busca pela verdade, ele terá que proteger a Terra e enfrentar uma batalha pela própria vida.
Aventura, ação e amor se misturam nessa emplogante aventura.

Para mais informaões a cerca do Titúlo do autor, visite: www.premortais.blogspot.com

No blog, você encontrará o primeiro Capitulo na intergra e a história de cada personagem dessa narrativa.

A Bienal do Livro 2011 acontece de 01 à 11 de setembro, no Rio Centro (Jacarépagua - Rio de Janeiro)

A gente se esbarra por lá!!
Um ótimo feriado a todos!!

sábado, 30 de abril de 2011

Assis Express: A feiticeira, o menino e a esfera

Assis Express: A feiticeira, o menino e a esfera: "Sim, esse poderia ser o titúlo, como um anônimo sugeriu, fazendo pouco da história. Isso por que trata-se de uma narrativa, onde os personag..."

A feiticeira, o menino e a esfera

Sim, esse poderia ser o titúlo, como um anônimo sugeriu, fazendo pouco da história. Isso por que trata-se de uma narrativa, onde os personagens possuem super poderes e o cenário é o Brasil.
Agora vejam só: Se o cenário fosse nova york, a reação seria diferente.

Mas enfim, esse não é o titúlo e nem essa, a questão.

O titúlo é: PRÉ-MORTAIS (ou Crônicas Pré-Mortais)

Conta a história de um rapaz, que descobre de forma fatídica não ser humano.

Na primeira história, ele sai em busca da verdade sobre quem ele é, quando a misteriosa Guirana, uma feitceira, vem a Terra para matá-lo. Porém, misteriosamente, ela o deixa vivo (para sua própria infelicidade no futuro).

O rapaz, chama-se Hander. Após o "incidente" com a feiticeira, ele descobre que pertence a uma "raça" chamada pré-mortais e que vem de um outro "mundo", a pré-existência. Ele descobre ainda, que precisa acertar as contas com seu irmão. Cujo mesmo esta sendo manipulado pela misteriosa Guirana. Que possui planos mais escusos do todos podem imaginar.

Esse é um resumão da primeira história.

Vim deixar esse post, pois essa semana, começarei a falar do livro aqui nesse blog, deixando o blog oficial em STAND BY por enquanto.

Em meio a tantos outros assuntos, vou passar a postar aqui, partes do primeiro livro. Que é o marco zero da história, e começarei a falar do segundo livro, que será o primeiro da saga.

A partir de agora, Hander realmente terá que enfrentar seu destino e os perigos escondidos por trás da história, que por todos esses anos os humanos achavam ser apenas um mito. Lendas para povar as culturas espalhadas pelo mundo. Mas que na verdade, tinham suas origens em histórias reais, tecidas na escuridão da criação.

A história tem inicio de fato, quando um misterioso buraco, surgi no mar da Barra de Guaratiba, criando um circulo com um raio de aproximadamente 600 metros de diâmetro, por onde a água do mar passa a cair como uma cachoeira interminável. Enquanto isso, em outro lugar; em uma terra do conhecimento de poucos, forças antigas começam a despertar.

Será que Hander esta pronto para enfrentar mais esse desafio? E afinal, por que será que a Terra atrai tanta desordem dessa natura?

Lei o blog oficial e fique por dentro do que acontece no primeiro livro.

www.premortais.blogspot.com

E acompanhe aqui o inicio da saga.

Por hora é só.

Tenham todos um ótimo final de semana!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Thor - o deus do trovão

Finalmente a espera acabou.
Estréia nessa próxima sexata-feira: THOR.

Mais um herói da MARVEL ganha as telonas.

O filme marca a contagem regressiva para a estréia de outros dois: Capitão América - the first avenger e Avengers.

Thor é filho de Odin. E como punição por sua prepotência e arrogência, ele é banido de Asgard e enviado para a Terra para viver entre os mortais. No entanto, suas ações provocam uma antiga guerra.

Entre os vilões do filme, alguém que não poderia faltar: o famigerado Loki, deus da trapaça, marca presença.

Na trama, Thor aprenderá o que é verdadeiramente ser um herói, quando o vilão mais podereso de seu mundo, enviar as forças negras de Asgard para destruir a Terra.

Bom, vamos ver o que nos espera.

E que Odin nos proteja de uma catastrofe.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Antes de ser o Professor X...

... ele era apenas, Charles Xavier.

Imagem do dia: poster do próximo filme dos mutantes mais famosos do universo dos quadrinhos.

X-MEN: THE FIRST CLASS

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O pequeno

Bom dia meus amigos.
Vespera de feriado na área. o coisa boa.

Hoje terminei de ler O Hobbit. Sempre ouvi falar que a história era muito boa, mas nunca havia lido. Agora que li, sei de fato que realmente é.

Para quem gosta de aventuras medievais, é uma narrativa muita rica em suas descrições, seja de personagens ou cenários.

Se você não sabe, O Hobbit, conta a história do Sr. Bolseiro. Um hobbit que tem sua vida completamente mudada, quando o mago Gandalf, o faz uma visita repentina e o coloca no meio de uma aventura, nos mais longincos cantos da Terra Média. Indo em busca de um tesouro a muito "esquecido" e guardado por um feroz dragão vermelho. O temível Smaug. O ouro pertencia a nobres anões, senhores sob a montanha, que outrora reinavam com seu ouro na montanha solitária. Hoje, covíl do malígno dragão.
O último decendente de Thror, Thorin, resolve reinvindicar seu ouro, e monta uma companhia para resgatar o ouro de seu povo. E é assim, que Bilbo Bolseiro, o hobbit, acaba se embrenhando por terras que ele nunca havia conhecido, se não apenas de histórias, enfrentando incríveis perigos e até se tornando amigo dos senhores elfos.


É fantástico viajar pelo mundo da Terra Média, criado por Tolkien.

Caso você não tenha tido a oportunidade de ler O Hobbit, leia. Eu recomendo.

Agora estou ancioso por ler O Senhor dos Anéis. Ja tentei ler ele antes, mas como a edição que eu comprei é a volume único, acabei por não ler, devido a dificuldade para carregar o livro na mochila.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Trono de fogo

Bom dia amigos,
Depois de A PIRÂMIDE VERMELHA, chega a vez de O TRONO DE FOGO, segunda aventura dos irmãos Kane. A história é de autoria do famoso Rick Riordan, autor de Percy Jackson e os olimpianos.

Nesta trama, ele narra as aventuras de dois irmãos que descobrem que os deuses do Egito antigo estão andando entre nós. Além de enfrentar os deuses eles precisam sobreviver a caçada da Casa da Vida, uma guilda de magos que a muito tempo lutou ao lado dos deuses e agora querem mantê-los trancados no Duat, para evitar que eles contiuem a manipular os humanos.

Uma narrativa dinâmica e empolgante.

O livro 2, O TRONO DE FOGO, tem lançamento previsto para maio deste ano nos Estados Unidos. Nessa aventura, os irmãos Kane irão atrás do livro de Rá para impedir mais uma catastrofre que esta a caminho.

Será que os irmãos Kane irão conseguir dessa vez?

Bom, eu estou empolgado para ler a segunda aventura dessa dupla prodigia.

Vamos aguardar e ver o que vem por ai.

Abaixo segue ilustração da capa do livro.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Saber Marionetes J - "Juntas" pelo Japão!!

Olá amigos!

Ontem recebi um e-mail, e achei muito bacana.

Para quem não sabe, a editora JBC, acabou de lançar no Brasil o mangá de um dos animes de maior sucesso dos tempos vindouros da já extinta Locomoltion.

Eles lançaram Saber Marionetes J. E junto com esse fantástico lançamento, estão fazendo uma bela campanha.

A verba da edição número 1 de Saber Marionets J, será destinada a uma instituição não governamental do Japão, para ajudar nossos amigos niponicos a se recuperarem da catastrofe que os atingiu.

Achei bacana essa informação e resolvi compartilhar com vocês!!

Desejo a todos uma ótimo 3ª-feira!!

OBS.: Parce que apenas os mangás de Saber Marionetes J que forem vendidos via assinatura é que terão sua verba destinada a ajudar o Japão.

I am number four

Pois é...
no ultimo final de semana, estreiou "I am number four - Eu sou o número quatro"
Eu ja havia lido o livro antes, e estava ancoso pela estréia do filme. Afinal, sempre ficamos apreensivos quando gostamos de um bom livro e sabemos que o mesmo irá ser adaptado para filme.

Bom, para minha sorte, não tive com EU SOU O NÚMERO QUATRO, a mesma decepção que tive com PERCY JACKSON. Diferente da adaptação da obra de Rick Riordan, o trabalho cinematográfico feito a cerca da obra de Pitacus Lore é bem mais aceitável.

Para quem não sabe, EU SOU O NUMERO QUATRO conta a história de 9 crianças alienigenas que são enviadas a Terra quando seu planeta é destruido por uma raça inimiga. Os nove são protegidos por um feitiço e só podem ser mortos na ordem numérica. E a trama, como bem diz o titulo, se passa em torno do NÚMERO 4. Assim que o número 3 é morto, os alienigenas inimigos, os Mogadorians; saem no encalço do número 4.

A história é simples e seria o fim, se a mudassem dramaticamente, como fizeram com nosso herói olimpiano.

Mas para nossa (minha pelo menos) sorte, mantiveram o enredo principal da história e as adaptações (mudanças) feitas no enredo são aceitáveis. E de certa forma trouxeram até mais dinâmica e muito mais ação pra história (coisa que aparece muito lentamente no livro). Até as mudanças de alguns poderes foram relevantes para o filme.

Eu recomendo EU SOU O NUMERO QUATRO.
Para quem não leu o livro, o filme é muito bom. E para quem leu, as mudanças não serão encomodas.

Segue abaixo link para trailer do filme.
http://www.youtube.com/watch?v=W1y9nwuu3rw&feature=fvst

Era uma vez...

Um blog que surgia para contar histórias. Da vida real e da fantasia.
Um blog para expressar sentimentos. De alegria e também de dor.
Escrever é bom, e por isso estou criando esse blog.
Aqui, irei falar do dia-a-dia, e também contar histórias. Aproveitarei o espaço para mostrar alguns dos meus trabalhos como designer gráfico.
A todos, desejo uma ótima semana.