sexta-feira, 30 de setembro de 2011

AMOR



As ondas chegam brandas à areia da praia, enquanto meu olhar vagueia perdido no horizonte, navegando entre as nuvens e os pássaros que decoram a parede azul cintilada pelo dourado do astro rei.
O vento chega trazendo a lembrança do seu perfume, fazendo-me recordar o cheiro suave dos seus cabelos, sempre sedosos. Lembrando-me da sua pele de seda, macia ao toque das minhas mãos.

De repente me surpreendo. Tudo fica escuro a minha frente. Sinto o ar quente tocar meu pescoço, e um cheiro doce de melancia chegar sem avisar. Toco meu rosto e sinto as mãos calorosas que me roubam a luz do sol que vem do horizonte. Com calma e suavidade, tateio as mãos até percorrer o braço, procurando identificar seu dono.
Sua pele macia a denuncia.
Eu sorrio.
Sinto meu corpo ser puxado para trás e me deito na areia. As mãos saem da frente dos meus olhos, revelando um sorriso sincero e caloroso.
Toco seu rosto e me ergo oferecendo um beijo. Toco seus lábios que respondem aos meus. Nada mais importa.
Ao longe, apenas o barulho das ondas continua, preenchendo o ar, além do som de nossos próprios corações, que palpitam, denunciando a emoção do nosso amor.

Não é preciso uma só palavra para dizer o que sinto.
Nossos corpos sabem, através da linguagem que nunca morre.

Por isso, te amo, hoje e sempre.

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